Quinta-feira, 26 de Novembro de 2009
A inveja é certamenteUm sentimento que ódio geraA que o invejoso se aferraA resmungar impertinente Se alguém colheu porque sementeCom denodo lançou à terraSe qualquer um arte de si decerraLogo o invejoso rosna descontente A inveja é um mórbido sentimentoQue deixa o invejoso em tormentoA sorte dos inocentes a odiar Pois é rico quem a sorte destinouIluminado quem a Natureza dotouMas que o invejoso não quer aceitar João M. Grazina (Jodro)
Quarta-feira, 18 de Novembro de 2009



Se meus versos são desprovidos de jeito
Não tenho talento p'ra melhor os tecerSe minha musa é medíocre em meu ser!Não fui, com mágoa minha, p'ra poeta eleito Os versos saem de mim, naturais a eito,Minha sensibilidade fá-los nascerDo meu coração, simples de entender,P'lo povo a que pertenço sem preconceito Ser como Camões, Bocage ou Antero,É um absurdo que sensatamente aceitoSinto-os no além mas vivos em mim, assevero, Eles inflamam de poesia meu peitoÀ sua poética não chego, mas que venero,Resta-me forjar versos ao meu jeito João M. Grazina (jodro)
Terça-feira, 10 de Novembro de 2009
Fito a igreja, sua fachada,Com lindos vitrais reluzentesPenso dentro dela camufladaGente ante Cristo prostradaComo se Deus não lê-se suas mentes O Redentor todos olha da cruzOnde jaz crucificadoNum sofrimento que seduzParecendo incutir luzAos que abraçam o pecado Há em seu rosto uma misturaDe sangue, lágrimas, frustrante dor,Pois não redimiu, p'ra sua amargura,Apesar de incitar a dar ternuraTodo o Homem somente ao amor Por este lutou p'la igualdadeP'lo bem ofertou sua vida seu sangueSolidário por afectividadeP'ra seus algozes pediu com verdadeClemência ao Pai e tombou exangue Os pecadores que o rodeiamSão os que mais apregoam a féPela sociedade se passeiamClamando Deus se pavoneiamHipocrisia seu rumo é Jesus nota entre eles gente boaQue reza com verdade e fervorAos sinceros meigamente abençoaAos falsos benévolo perdoaFoi por todos que seu sangue verteu por amor Deus sofreu a ver o Filho sofrerNa dolorosa crucificaçãoMas não quis por Ele intercederP'rá Humanidade esclarecerQue seu suplício foi a redenção Este acto da vida o elucidouE agora mágoas o consomemPorque o Homem emancipouPor ele o Filho sacrificouE o bem é excepção no Homem Retiro da igreja meu olharFico em pensamentos meusComo é possível pensarA um falso crente Deus ludibriarSe não é possível enganar Deus!. João M. Grazina (Jodro)