Sábado, 2 de Junho de 2018
Se Deus existe seja bem-vindoA minha homenagem lhe prestareiO bem para todos lhe rogareiPorque Dele ouço ter poder infindo Contemplá-lo-ei desvanecidoVer Deus, na verdade nunca pensei,E se me aparecer como conjetureiDa sua existência fico convencido E o dia a dia vou vivendoSobre Deus a sua verdade a devanearEmbebido de fé Nele crendo Razão para lhe solicitarPorque Dele nada compreendoVir à Terra seu mistério revelar João M. Grazina (Jodro)
Sábado, 12 de Maio de 2018
Nuns corações há o amor verdadeiroNoutros o amor mentirosoEste um sentimento maldosoDe que se serve por inteiro Hipócrita interesseiroDeveras camuflado de virtuosoPara alcançar bens astuciosoDisfarçadamente prazenteiro E puro, belo é o verdadeiro amor,Recíproco nas pessoas, sem imposições,À riqueza possível não dando valor Somente amar despido de más intençõesAguardando com esperança lindo alvorEis o amor verdadeiro nos corações João M. Grazina (Jodro)
Quarta-feira, 10 de Janeiro de 2018
Aquela simpática velhinhaQue eu enlevado saudavaQuando junto à sua casa passavaOnde em lida contínua se entretinha Sempre um sorriso para mim tinhaAlgo triste mas que não forçavaA perda do companheiro o motivavaHá anos que desolada vivia sózinha Mas um dia para sempre se ausentouSua alma para o além caminhouAo encontro do seu amado, ambição sua! Agora passo a velha casa olhandoNa simpática velhinha pensandoE funda nostalgia em mim se insinua João M. Grazina (Jodro)
Quarta-feira, 27 de Setembro de 2017
Levanta-se o vento norte e avançaDescendo pelo meu país amadoE após fauna e flora ter beijadoNo mar algarvio calmo se lança Suavemente o embala o balançaO afaga com seu sopro adocicadoE pelas brandas ondas empolgadoCom elas se enlaça em deslumbrante dança Em simultâneo uma música lhe assobiaE o mar a escutá-lo se deliciaOs dois em pura amizade se enternecem É a força natural que ninguém entendeQue por tudo e por todos se estendeE aos poucos vento e mar adormecem João M. Grazina (Jodro)
Terça-feira, 5 de Setembro de 2017
Era domingo à tarde, uma ave no céu voava,Isolada, sózinha, perdida parecia,Me pareceu triste despida d'alegriaSem rumo, talvez seu abrigo procurava Enquanto a solitária ave avistavaAté que no horizonte desapareciaMe interrogava me afligiaSerá qu'o abrigo p'ra seu bem encontrava? Ou teria a fatídica sorteDe se ir abrigar nos braços da mortePor tiro certeiro de caçador atingida? P'la sua vida a Deus me pus a suplicarPara mais domingos à tarde a ver voarCom a alma enternecida João M. Grazina (Jodro)
Quarta-feira, 30 de Agosto de 2017
Meu poema marejado de tristezaQue concebo desalentadoPor não ver o Homem sensibilizadoEm pleno, ao bem à justeza Seu coração de egoísmo latejaA ele em absoluto devotadoPela ambição arrastadoCom desprezível baixeza E no egoísta me consagro a meditarGanancioso tudo p'ra si a desejarO que me desola o coração E quer faça ou não sentidoEstou em pleno convencidoQue será sempre escravo da ambição João M. Grazina (Jodro)
Quarta-feira, 9 de Agosto de 2017
Temos que na vida suportarO mal que em qualquer momentoNos surpreende e de ódio sedentoSe regozija em nos massacrar Amordaçando a alegria em nós a vibrarQue nos deixa em profundo abatimentoDesalentados em sofrimentoQue sem remédio temos de aceitar E rogamos a Deus aventurançaEm prece perfumada d'esperançaP'ra qu'o mal que nos aflige seja debelado Mal que na Terra para sempre duraA originar ao Homem amarguraQue suporta em triste fado João M. Grazina (Jodro)
Terça-feira, 11 de Julho de 2017
Seu passado lá longe, na distância,Fica o velho homem a olharCoisas boas que o tocaram a recordarTambém as más lhe vêm à lembrança Viveu sempre abraçado à esperançaPor altos e baixos da vida a passarAlguns mais suaves para amenizarAs canseiras qu'o destino sempre lança E meditando o velho homemEm mágoas qu'o consumiram e consomemQue abafam o que até hoje lhe deu prazer E se não tem mais infância nem juventudeNem meiga mãe p'ró beijar com solicitudeMurmura para que lhe serve o viver João M. Grazina (Jodro)
Quinta-feira, 29 de Junho de 2017
O amor fermenta em todo o serÉ doce mosto nele a fervilharPara quando a vinho chegarSolícito a todos oferecer A dar-lhes contente a beberA dar-lhes seu gosto a provarE com ele todos embriagarCom alegria a bem fazer Incitá-los a cantar com devoçãoEm frenético coro a mesma cançãoAté os ouvidos ferir de amizade E unidos pelo amor combinandoChamar ao canto que vão entoandoA canção da solidariedade João M. Grazina (Jodro)
Sábado, 10 de Junho de 2017
Ouvi discursos seguidamenteE saturado de ouvir tanto arrazoarComecei por versos no papel lavrarComo os sei sinceramente É para meu ser displicenteO discurso, gosto mais de dialogar,Nele vamos logo ou não concordarDiscurso é modo de bradar falsamente Porque se prepara o palavreadoAtentamente engendradoComo se fosse a razão, a verdade, Burilado num só interesseComo se só ao orador lhe apetecesseTer por todos solidariedade João M. Grazina (Jodro)